Os presidentes de México, Estados Unidos e Canadá dividiram o palco nesta sexta-feira, 5, para dar início ao sorteio da Copa do Mundo 2026. O momento, no entanto, é de tensão, após relatos de que o presidente americano, Donald Trump, pode retirar Washington do acordo de livre comércio com os dois vizinhos já no próximo ano, quando será a competição sediada pelos três.
Segundo o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, a visão do republicano é que “ele só quer acordos que sejam bons negócios”.
“O motivo pelo qual incluímos um período de revisão no USMCA foi para o caso de precisarmos ajustá-lo, analisá-lo ou sair dele”, disse Greer ao portal americano Politico, citando também a ideia de negociar separadamente com o Canadá e o México e dividir o acordo em duas partes.
Na última semana, Trump já havia dito que o acordo, conhecido como USMCA, ou deixará de existir ou será renegociado. O pacto, que exige que os três países realizem uma revisão conjunta após seis anos, substituiu o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) em 2020 e foi negociado durante o primeiro mandato de Trump como presidente.
Quase tudo, desde carros até papel higiênico, produzido pelos dois principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, México e Canadá, está isento de tarifas, desde que as mercadorias estejam em conformidade com os termos do acordo trilateral.
Antes do segundo mandato de Trump, as mercadorias do México e do Canadá entravam nos EUA praticamente sem impostos, mesmo que não estivessem em conformidade com o USMCA, porque não havia tarifas em vigor. Mas Trump introduziu tarifas de 25% sobre produtos não conformes ao USMCA provenientes do México e de 35% sobre produtos provenientes do Canadá.