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O perigoso rompimento entre líderes governistas e os chefes do Congresso

O governo Lula enfrenta um novo e perigoso desafio no Congresso Nacional ao ter os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados rompendo suas relações institucionais com alguns dos principais articuladores petistas.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rompeu sua relação institucional com o líder do PT na Casa, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), na segunda-feira, 24, após acumular frustrações com duras críticas recebidas nas redes sociais e nas reuniões da Câmara. Já no Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP), rompeu com o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o Supremo Tribunal Federal.

A situação na Câmara deve complicar não só relacionamento do PT com Morra, mas também do próprio governo na Casa, visto que Lindbergh é um dos principais articuladores governistas.

Além disso, a decisão de Motta também pressiona os petistas para trocar de sua liderança — já que um rompimento institucional representa que o presidente de uma das casas não vai mais conversar com tais líderes, nem acolher suas demandas ou negociar mudanças em votações.

A decisão de Motta se deu após uma série de críticas de Lindbergh a ele nas redes sociais. Um interlocutor próximo do presidente da Câmara dos Deputados já havia dito a VEJA há algumas semanas o quanto ele estava insatisfeito com as posições do petista — bem como da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

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Nesta terça, o interlocutor também comentou a decisão de Motta para VEJA, explicando que um dos principais desconfortos de Motta se deu pelo fato de Lindbergh tê-lo chamado de bandido ou de cúmplice de bandido. Para Motta, mesmo diante de discordâncias, ele sempre respeito o governo, no entanto, não sentia que o mesmo em troca. “Se o líder do PT escolhe ter o presidente da Câmara como inimigo, é um problema que o PT tem que resolver”, comentou a fonte, dando a entender que a decisão visa afetar diretamente a mudança da liderança do partido na casa.

Já no Senado a situação parece ser ainda mais grave, visto que o rompimento do chefe da Casa foi feito com o próprio líder do governo, não do PT, e o motivo não foi a relação pessoal de Wagner e Alcolumbre, mas a decisão de Lula de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF. Pacheco — que é um grande aliado de Alcolumbre — é tido por Lula como um importante quadro da política nacional e é desejado pelo presidente como seu representante na disputa do governo do estado de Minas Gerais em 2026.

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