Minutos após conseguir uma grande vitória com a aprovação do PL Antifacção no plenário da Câmara, o deputado Guilherme Derrite protagonizou um “papelão” ao fazer um pronunciamento à imprensa, evitando responder perguntas e dando posições contraditórias em relação ao que defendeu ao longo da tramitação.
Apesar de a fala ter sido convocada como uma coletiva, Derrite dedicou alguns minutos à leitura de um pronunciamento, sem improvisos que pudessem colocá-lo em apuros.
Cercado de aliados, o parlamentar não quis responder a perguntas dos jornalistas sobre pontos polêmicos da proposta, nem sobre o encontro que teve com os ex-presidentes da Casa Arthur Lira e Eduardo Cunha na semana passada. Mesmo encurralado até deixar o andar principal do prédio do Legislativo, silenciou aos questionamentos.
Apesar de ter reclamado, em mais de uma oportunidade, da suposta tentativa do governo de politizar a tramitação do PL Antifacção, Derrite se desmanchou em elogios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, potencial adversário de Lula nas urnas em 2026.
Ao longo do discurso, Derrite disse que não buscou a politização da proposta e acusou o Executivo de fazê-lo. A fala, porém, foi recheada de elogios ao governador paulista.
Derrite se licenciou do cargo de secretário de segurança pública de São Paulo e retomou o cargo de deputado federal para relatar a matéria.
A designação do bolsonarista irritou o governo Lula, já que ele é um dos principais auxiliares de Tarcísio e poderia utilizar o tema para beneficiar o chefe do ponto de vista eleitoral.