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O papel do neotucano Ciro Gomes no plano de voo do PSDB para 2026

Ciro Gomes (PSDB), ex-governador do Ceará e ex-ministro no primeiro governo Lula, é uma figura política controversa, mas continua importante no Nordeste brasileiro. Afastado de cargos eletivos desde 2011, ele deixou o PDT e migrou para o PSDB em outubro — 28 anos após ter deixado a sigla –, o que lhe abriu novas perspectivas políticas. Com o movimento, ele chegou a ser cotado como um nome de peso para compor alguma chapa presidencial de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, mas esse plano parece se tornar cada vez mais remoto, para ele e para os tucanos.

Criticando com cada vez mais ênfase o governo petista de Elmano de Freitas no Ceará e chegando a fazer alianças (agora pausadas por causa de Michelle Bolsonaro) com o Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ciro também é cotado no estado para disputar o comando do Palácio da Abolição e tentar voltar ao cargo de governador do Ceará, que já ocupou entre 1991 e 1994.

Ao contrário da primeira opção (ir para a disputa nacional), essa segunda vem se tornando cada vez mais viável visto que, nas pesquisas, ele aparece como o principal candidato de oposição para tentar vencer Elmano — fato que lhe ajuda a aglutinar as forças de direita em torno de seu projeto. Levantamento divulgado esta semana pelo instituto Real Time Big Data mostra que ele empataria com Elmano em dois cenários pesquisados (veja todos os cenários abaixo).

Cenário 1

  • Elmano de Freitas (PT): 39%
  • Ciro Gomes (PSDB): 39%
  • Eduardo Girão (Novo): 14%
  • Nulo/branco: 4%
  • Não sabe/não respondeu: 4%

Cenário 2

  • Elmano de Freitas (PT): 39%
  • Roberto Cláudio (União): 26%
  • Eduardo Girão (Novo): 16%
  • Nulo/branco: 9%
  • Não sabe/não respondeu: 7%
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Cenário 3

  • Ciro Gomes (PSDB): 44%
  • Elmano de Freitas (PT): 42%
  • Nulo/branco: 10%
  • Não sabe/não respondeu: 4%

Além disso, a leitura de momento dos tucanos é a de que o partido precisa se refazer, buscando recuperar a posição de destaque nacional que perdeu com o surgimento do bolsonarismo. A eleição do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) para presidência nacional da legenda, em novembro, foi feita com esse objetivo.

Nos bastidores do partido, diz-se que a legenda está trilhando os mesmos caminhos que fez um dia nos anos 1990 para voltar a ser relevante no país: se fortalecer nos estados, conquistando governos e aumentando a bancada federal, para depois se lançar a disputas nacionais.

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O próprio Aécio Neves, tucano histórico e que já disputou a Presidência pelo partido, não deverá se lançar a uma candidatura nacional no próximo ano. Ele pretende disputar o governo de Minas Gerais como um representante de oposição ao PT e ao bolsonarismo ao mesmo tempo.

Até o momento, Ciro Gomes tem evitado declarar publicamente qual será o seu caminho nas urnas de 2026, se no estado ou focado no governo federal. Mas seus correligionários cearenses já falam que o melhor plano, para ele e para os tucanos, é ficar longe do embate com Lula agora e se lançarem, depois de fortalecidos em 2026, à disputa nacional, sem o petista no páreo.

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