Após o Sinclair Broadcast Group, maior proprietária de emissoras filiadas a ABC, confirmar que continuará boicotando o Jimmy Kimmel Live!, a Nexstar Media resolveu seguir os mesmos passos e declarou, nesta terça-feira, 23, que manterá o programa interrompido de suas programações.
A Nexstar é responsável por 28 emissoras afiliadas à ABC, e disse que substituirá o Jimmy Kimmel Live! por “notícias locais e outras programações relevantes para seus respectivos mercados.” “Tomamos a decisão na semana passada de suspender o Jimmy Kimmel Live! após o que a ABC chamou de comentários ‘inoportunos e insensíveis’ do Sr. Kimmel em um momento crítico do nosso discurso nacional. Mantemos essa decisão até termos a garantia de que todas as partes estão comprometidas em promover um ambiente de diálogo respeitoso e construtivo nos mercados em que atuamos”, disse a empresa em nota.
O programa de Jimmy Kimmel foi suspenso também pela Disney, que supervisiona a emissora ABC. O conglomerado, porém, voltou atrás e comunicou que o talk show comandado por Kimmel volta a ser exibido nesta terça-feira, 23. Apesar disso, com o boicote da Nexstar e do Sinclair, um pouco mais de um quarto de 240 das emissoras nacionais da ABC deixarão de exibir o programa, o que certamente vai impactar seu alcance e audiência.
Por que o programa de Jimmy Kimmel foi tirado do ar?
A suspensão do programa ocorreu após pressão do governo Trump, através da Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos (FCC), assim como das empresas de transmissão Sinclair e Nexstar, cujos líderes desaprovaram o comentário de Kimmel que sugeria que o assassino de Charlie Kirk fosse devoto ao movimento trumpista e que o presidente não tivesse sido abalado pelo crime. A decisão final de tirar o Jimmy Kimmel Live! do ar partiu do CEO da Disney Bob Iger e da copresidente da divisão Disney Entertainment, Dana Walden.
Em resposta, protestos diversos ocuparam as fachadas de escritórios da Disney e muitos clientes cancelaram suas assinaturas do streaming Disney+. Além disso, 400 celebridades de Hollywood assinaram carta aberta que rechaçava a suspensão como forma de censura e comparava a gestão atual do país ao macarthismo dos anos 1950, patrulha que silenciava qualquer expressão pública considerada comunista.
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