Réveillon de Copacabana, Jogos Olímpicos do Rio, Earthshot Prize e muitos outros projetos têm algo em comum: todos foram idealizados por Abel Gomes, 73 anos. Um dos principais nomes do cenário de grandes eventos no Brasil, o empresário começou a carreira ainda jovem na TV Globo e, desde então, se tornou responsável por momentos que marcaram a história recente da cidade do Rio de Janeiro. O mais recente deles — a árvore de Natal de cerca de 80 metros instalada na enseada de Botafogo — é apenas mais um reflexo do talento e do cenógrafo.
Em dezembro, a cidade maravilhosa ganha contornos ainda mais vibrantes com as luzes e cenografias assinadas por Abel, pensadas para devolver vida, encanto e emoção ao espaço urbano. Nesta quarta-feira, 31, o evento mais esperado do ano, o Réveillon de Copacabana, volta a levar sua assinatura. “É claro que o reconhecimento é especial, mas o que realmente me move é ver a cidade vibrando, ver o público emocionado e saber que aquela experiência vai virar memória afetiva para alguém”, reflete.
Neste mês, porém, foi outro projeto que roubou a cena. A árvore de Natal de Botafogo, instalada no meio da enseada e com 80 metros de altura, transformou-se em atração para turistas e cariocas, tornando-se um espetáculo à parte. “Era o cenário perfeito para devolver à cidade um símbolo que faltava. A ideia era trazer esse ícone de volta de forma renovada, mais tecnológica, conectada com o nosso tempo e inserida em um dos cartões-postais mais emblemáticos do Brasil”, explica Abel.
A trajetória na produção de eventos e cenários, iniciada ainda no Fantástico, sempre foi marcada por desafios que o público raramente imagina. “Nos bastidores, existe um universo enorme de logística, segurança, protocolos, tecnologia, equipes multidisciplinares, prazos apertados e orçamentos complexos”, resume. Entre todos os trabalhos, um ocupa lugar especial em sua memória: os Jogos Olímpicos do Rio, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas. “O Rio 2016 reuniu tudo em que acredito: arte, tecnologia, mensagem, responsabilidade e emoção”, conclui.
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