O ministro Alexandre de Moraes entrou para História do Brasil em um patamar (mais) alto ao trazer para o seu relatório, no caso da trama golpista, duas questões importantes que fazem parte da fundação de um país com tradição golpista e com enorme desigualdade social.
Foi o momento crucial do 1º dia do julgamento mais importante da história do Brasil e da história do Supremo Tribunal Federal.
“A História nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação. O caminho aparentemente mais fácil, e só aparentemente, que é da impunidade, da omissão, deixa traumáticas na sociedade”, afirmou o magistrado.
Neste momento, Alexandre de Moraes estava registrando para os anais da corte suprema que violências na fundação do Brasil, totalmente impunes, nos levaram a uma tradição golpista sem precedentes na América Latina, além de uma desigualdade atroz.
O ministro estava lembrando os horrores da ditadura militar e da escravização da população negra que nunca tiveram uma justiça de transição. Ou qualquer movimento de reparação. Por isso, é ainda mais fundamental a punição dos golpistas destes tempos modernos.