O governo de Donald Trump errou feio ao punir Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, nesta segunda, 22, com a lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros.
Imposta pelo escritório de controle de ativos estrangeiros do tesouro norte-americano, a mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal terá qualquer bem naquele país bloqueado, além de não poder realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana.
Essa é a primeira sanção contra uma pessoa brasileira — feita por Trump — após a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe, entre outros crimes.
Não é segredo que a mesma punição dada a Moraes se tratou de uma retaliação pelo fato de o magistrado ter sido o relator do caso da trama golpista contra o líder da extrema direita brasileira.
Os autocratas desta linha ideológica com claros traços fascistas se uniram contra as instituições democráticas ao redor do mundo. Apesar de ser um momento dramático da história da humanidade, sabe-se que os outros poderes, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos, tem resistido.
Aí que entre o erro. Uma coisa são os ataques coordenados para atingir aqueles que tem resistido ao extremismo de direita do nosso tempo.
Mas o que a mulher de Moraes tem a ver com isso, leitores e leitoras? Respondo: nada!
Aos 56 anos, Viviane é advogada, sócia da Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa de advocacia sediada em São Paulo, que acabou também sancionada hoje pelos EUA.
Já houve uma reação muito forte da sociedade civil norte-americana contra as sanções a Moraes.
Quando a covardia de um governo começa a ser imposta contra pessoas sem nenhuma ligação com o o processo em curso, o desgaste pode se tornar incontornável.
Banalizou totalmente a lei Magnitsky. Não faz mais sentido algum. A ideia não era punir terroristas?
