Jair Bolsonaro está em julgamento nas ruas. Os eleitores mantêm olhos fixos no Supremo Tribunal Federal, que prevê para esta semana sentença sobre as acusações contra Bolsonaro e sete auxiliares civis e militares por crimes contra a Constituição, entre eles, golpe de estado.
A aposta majoritária (57,6%) é a de que Bolsonaro será condenado. Cerca de um terço (28,9%) vai na direção oposta, acreditando em absolvição. Outros (13,5%) não souberam avaliar.


É o que mostra pesquisa MDA/CNT com 2.002 pessoas entrevistadas em todas as regiões entre a última quarta-feira (3/9) e sábado (6/9).
A condenação pelo STF é prevista por quase seis em cada dez eleitores, mas isso não significa concordância. Parcela expressiva (36,9%) do eleitorado pressupõe “injusta” uma eventual condenação do ex-presidente; ou ainda, avalia que mais “justo” seria a sua absolvição.
Para cerca de um terço (32,2%), Bolsonaro, se condenado, deveria iniciar o cumprimento da pena em prisão domiciliar — ou seja, em casa, onde já está preso. Outro terço (31,3%) acha que deveria ser encaminhado a uma penitenciária.


A divisão predomina, também, na avaliação do cenário posterior à condenação prevista.
Uma fatia do eleitorado (32,2%) acredita na continuação do tumulto político, com aumento da “polarização”. Parcela similar (29,2%) supõe que tudo vai continuar como estava — tumultuado.
Em proporção menor (18,8%) encontram-se aqueles para os quais a condenação de Bolsonaro vai ajudar a reduzir o ruído provocado pela “polarização”, e pode induzir alguma calmaria no ambiente político.