O empresário Vitor Siqueira, 30 anos, se tornou um dos maiores jovem empreendedores com a Vittorino Watches, fundada em 2021 e que alcançou um faturamento de mais de 1 milhão de reais. A marca da alta relojoaria no país começou com um investimento de 50 mil reais e hoje já conta com mais de cinco coleções. “A vontade de criar uma marca sempre esteve comigo e foi amadurecendo com o meu trabalho e as minhas experiências com estratégias de marketing. Queria desenvolver algo que fosse mais que um simples acessório, algo que unisse história, estética e propósito”, disse Vitor à coluna GENTE. Ele, que já esteve à frente de projetos para a Confederação Brasileira de Futebol e para o Botafogo, percebeu que no mercado brasileiro faltava uma marca que representasse a elegância masculina com uma peça. “Tive um propósito: construir uma marca com uma linguagem contemporânea com identidade masculina e história”, acrescentou.
No início de 2021, os sócios da Vittorino Watches eram os próprios investidores – atualmente, já conquistaram um investimento que passa dos 7 dígitos, reinvestindo lucros para elevar a experiência e a qualidade do produto. No entanto, a entrada para o mercado foi desafiador para Vitor. “O maior desafio foi romper a crença de que o luxo só pode nascer fora do Brasil. Ingressar nesse ramo foi algo natural, sempre trabalhei com marcas, estética e branding, minha mente sempre esteve nesse universo. Tive que lidar com muito o julgamento, com as limitações de estrutura e comparações”, disse. Para ele, criar uma marca é criar uma cultura, sem conectar o luxo com ostentação. “As pessoas procuram uma marca não por apenas comprar, mas pelo o que ela representa. Estratégias de conteúdo, narrativas e experiências são ferramentas eficazes para prolongar uma marca no mercado. É preciso construir algo que seja atemporal, o mundo sempre está mudando e se adaptar a ele é essencial”.
Apesar de já estar consolidado, Vitor admite que ser empreendedor é lidar com o desconhecido diariamente e entender que existem riscos. Apesar disso, o empresário pensa em dar passos maiores: começou a procurar maneiras de internacionalizar a marca. “A internacionalização já é algo em andamento, mas primeiro precisamos pensar com propósito. O foco, agora, é solidificar a base no Brasil elevando e melhorando cada vez mais os produtos e serviços. Nunca é tarde para ampliar e explorar novos mercados”, completa.