O nome de Edwin Cardona, experiente meio-campista colombiano de 32 anos, voltou aos holofotes recentemente por um momento amargo em sua carreira e por uma curiosidade inusitada de sua vida pessoal. Jogando pelo Atlético Nacional, Cardona se tornou o principal personagem do empate sem gols contra o São Paulo, pela ida das oitavas de final da Libertadores, ao desperdiçar duas cobranças de pênalti decisivas. Fora do gramado, o jogador também ganha destaque por ter sido pai aos 11 anos e, por ironia do destino, ‘quase’ ter sido contratado pelo clube paulista.
A noite fatídica na Colômbia viu Cardona falhar em converter duas penalidades que poderiam ter dado a vitória ao seu time. Na primeira cobrança, ainda no primeiro tempo, a bola foi para fora, com o goleiro Rafael do São Paulo acertando o canto. No segundo tempo, em uma nova oportunidade, Cardona bateu da mesma forma e no mesmo lado, mas o goleiro Rafael conseguiu a defesa, depois de “provocar” o jogador, afirmando que esperaria a definição do chute.
Essa não é a primeira vez que Cardona lida com falhas em momentos cruciais da marca da cal. Quando atuava pelo Boca Juniors, ele também foi alvo de críticas por uma cobrança de “cavadinha” irresponsável contra o arquirrival River Plate nas quartas de final da Copa de la Liga em maio de 2021. Apesar de o Boca ter vencido aquela disputa de pênaltis, a cobrança frustrada de Cardona foi duramente criticada por torcedores e jornalistas, que consideraram a atitude um ato de irresponsabilidade em um clássico.
Apesar dos revezes em campo, a vida pessoal de Cardona ganhou destaque por uma revelação surpreendente. Ele é pai de Ana Cardona, que tem 21 anos. Isso significa que Edwin Cardona se tornou pai aos 11 anos de idade, já que nasceu em 8 de dezembro de 1992. A mãe de Ana, Caro Cardona, tinha 14 anos na época da gravidez. Atualmente, Edwin e Caro têm mais dois filhos, Maria (14 anos) e Emiliano (11 anos), e a família celebrou o aniversário de 21 anos de Ana, com a filha mais velha expressando gratidão aos pais nas redes sociais.
Formado nas categorias de base do Atlético Nacional, Cardona passou pelo futebol mexicano e argentino antes de retornar ao clube que o revelou. Nesta temporada, ele marcou 12 gols e distribuiu sete assistências em 31 jogos, atuando como meia.
‘Quase’ contratado pelo São Paulo
Em 2014, era o destaque da equipe colombiana e eliminou o São Paulo na semifinal da Sul-Americana nos pênaltis. E sim, o meia bateu uma penalidade, no mesmo canto direito, mas naquela ocasião, para a tristeza dos são-paulinos, a bola entrou no gol de Rogério Ceni. O tricolor paulista foi eliminado pelo time de Cardona, mas se interessou em trazer o jogador para o Brasil.
Diretor de futebol do clube paulista na época, Ataíde Gil Guerreiro, acreditou que estava perto de contratar a jovem estrela de 21 anos, mas tudo não passava de um trote de alguém que se passava por Cardona. “Em um momento achei que o negócio estava crescendo, mas vimos que alguém falou como se fosse ele. Alguém andou conversando com o Gustavo [Oliveira, gerente executivo] como se fosse ele, por telefone. No fim percebemos que não era nada disso”, disse Guerreiro a Rádio Bandeirantes.
