Pressionado pela base governista, o presidente da Câmara, Hugo Motta, se reunirá nesta quinta-feira com o chefe do Senado, Davi Alcolumbre, e com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para definir os próximos passos da tramitação da reforma do imposto de renda.
Menina dos olhos do presidente Lula, a proposta teve sua urgência aprovada pelo plenário da Câmara na semana passada, em reação a um pedido feito pelo próprio chefe do Executivo ao paraibano.
Com a votação simbólica para acelerar a tramitação, a base aliada passou a acreditar que o mérito do projeto poderia ser votado nesta semana, o que não deve ocorrer.
Nos bastidores, o relator Arthur Lira vem pedindo mais tempo para negociar pontos do texto, especialmente em relação a compensação, sob o argumento de que a eventual apreciação açodada poderia impor mudanças que desfigurariam a proposição.
No encontro de amanhã, Gleisi, Motta e Alcolumbre pretendem fechar um cronograma de votação da matéria nas duas Casas.
O governo tem pressa, porque quer garantir que as regras sejam válidas em 2026. A reforma do IR seria uma importante bandeira de Lula em busca da reeleição.