Acusada recentemente de eugenia, a atriz americana Sydney Sweeney está nos cinemas com o thriller policial Americana — e o filme vem se mostrando um fracasso de bilheteria. A trama acompanha Penny Jo Poplin (Sweeney), uma garçonete que deseja se tornar uma cantora country.
Atriz da série Euphoria, da HBO, e do terror Imaculada (2024), Sydney Sweeney esteve no centro de uma polêmica recente por uma propaganda que fez para a marca de roupas American Eagle. Na campanha, ela veste um modelito de jeans em vários vídeos e sempre repete o slogan “Sidney Sweeney has great jeans“, que, no inglês, estabelece um trocadilho entre a calça e a palavra “genes”. Não acaba por aí: mais para frente no anúncio, Sweeney afirma: “Genes são passados de pai para filho, normalmente determinando traços como cor do cabelo, personalidade e até a cor do olho. Meus jeans são azuis”, enquanto a câmera foca em seus olhos. Em outro, a atriz é vista riscando a palavra “genes” e a trocando por “jeans”.
Com o paralelo entre jeans e genes, a publicidade esbarrou em acusações de eugenia e apologia à supremacia branca. Popular entre meados do século XIX e levada a extremos inomináveis de horror pelo nazismo, a eugenia prega que a raça humana pode avançar de acordo com a manipulação genética, teoria que leva seus seguidores a buscar a “pureza racial”, ideal que costuma favorecer o fenótipo ariano — loiro de olhos claros — e subjugar etnias avessas ao padrão europeu como intelectual e biologicamente inferiores. A polêmica com a American Eagle ganhou novos contornos quando descobriu-se que Sweeney é filiada ao partido republicano desde 2024 — ano da disputa eleitoral entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump.
De acordo com o The Hollywood Reporter, Americana — o primeiro trabalho de Sydney desde que o anúncio da marca viralizou — arrecadou até agora nos Estados Unidos apenas 840 000 dólares, uma média de 763 dólares por cinema. Em um post nas redes sociais da atriz divulgando o filme, encontram-se diversos comentários críticos a ela, como “Eu não gosto dos seus jeans”, “sua carreira acabou”, “nós não esquecemos, Sydney”, e também comentários defendendo-a. “Você é uma verdadeira americana, continue assim”, “A América ama a Sydney”.
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