Cantor, compositor e produtor, Roberto Menescal, 88 anos, acaba de lançar o álbum O Lado B da Bossa, junto com Cris Delano, no qual resgata composições menos badaladas do gênero. Acaba de voltar de uma turnê pelo Japão, país que idolatra nossa música e, ainda este mês fará um show em Juazeiro (BA), cidade onde João Gilberto, o mais “revolucionário” daquele lendário grupo dos anos 1960, nasceu. Convidado do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus e também na versão podcast no Spotify), Menescal recorda, entre outras histórias, do momento que produziu Gal Costa, provocando uma mudança significativa na forma da artista se apresentar nos palcos.
“Tive muitos problemas, muitas alegrias; e quando penso no que acertei, penso em Gal Costa. Teve uma hora que ela começou a cair (em vendas). Tinha alguma coisa ruim, mas tem o quê? Falei ‘Não sei. Vamos conversar. Que tal você fazer um disco, e esquecer essa coisa de pega uma música de um, música de outro. Tenho uma ideia. Você, Gal, canta Caymmi’. E ela: ‘Mas você acha que tem alguma coisa a ver isso?’. E eu: ‘Não, não tem nada a ver. Imagina… Gal cantar música baiana’. E foi assim que criamos Gal Tropical, uma decisão que vendeu 200 milhões. Mas aí chamei e falei que não dava para se apresentar com aquelas perninhas de fora com sandálias. Falei: ‘Como você canta numa arena, não é para estar descalça. bota um saltinho alto. (…) Falei com a Socila (tradicional escola de etiquetas da época), disse que precisava mudar todo o estilo de Gal. E fomos mudando tudo. Quer dizer, só não mudou o modo dela cantar”.
Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.