William Bonner se despediu do Jornal Nacional nesta sexta-feira, 31, passando de vez o bastão para César Tralli, que será o novo colega de bancada de Renata Vasconcellos a partir da próxima segunda-feira, 3 de novembro. O detalhe marcante dos bastidores do marco foi a presença das respectivas famílias dos três âncoras que acompanharam tudo da redação de jornalismo da Globo no Rio de Janeiro que cerca o estúdio do maior telejornal da emissora.
Após a apresentação da edição especial do JN, Bonner foi recebido por sua esposa, a psicóloga Natasha Dantas, Renata por um de seus filhos, enquanto Tralli foi abraçado pela esposa, Ticiane Pinheiro, a filha deles, Manuella, e a enteada dele, Rafa Justus. Repleta de jornalistas da casa, o trio foi aplaudido.
Como foi a despedida de William Bonner do Jornal Nacional
Após quase 30 anos à frente da bancada do Jornal Nacional, William Bonner se despediu do maior telejornal da Globo na noite desta sexta-feira, 31. “Chegou o dia”, avisou o âncora, que agora será substituído por César Tralli. “Dois meses atrás eu avisei aqui no Jornal Nacional que eu ia sair, que eu estou indo para o Globo Repórter, que isso era o fim de um período de cinco anos de preparativo de sucessores para mim na bancada e na chefia do Jornal Nacional, e todas as pessoas que se envolveram nessa sucessão. Ciclo concluído. E hoje eu estou concluindo esse ciclo no JN“, começou Bonner.
Em seguida, o jornalista explicou ao público como sentiu necessidade de se dedicar a matérias mais tranquilas no lugar do hard news que a cobertura que o Jornal Nacional exige. Ele e sua colega de bancada, Renata Vasconcellos, receberam, então, Tralli para dar boas-vindas ao informativo.
O agora ex-apresentador do Jornal Hoje se sentou em uma cadeira de convidado na bancada do telejornal, e Bonner relembrou uma história vivida com Cid Moreira, âncora do Jornal Nacional que foi substituído por Bonner três décadas atrás. “Quando eu era jovem e fiz o primeiro Jornal Nacional ao lado do Cid Moreira, eu não era titular, ele era titular junto com o Sérgio Chapellin, Chapellin tinha tirado férias, me chamaram para substituí-lo. E eu sentado na bancada do JN, eu perguntei para o Cid Moreira, que estava fazendo aquele aquecimento de voz que era divertidíssimo, e quando eu vi a tranquilidade dele, eu disse: ‘Seu Cid, me diz uma coisa, em que momento você deixou de ficar nervoso para fazer o Jornal Nacional?’. Ele olhou para mim e disse: ‘Nunca’. Eu achei que ele estava brincando”, contou Bonner.
“Perguntei: ‘Você está nervoso agora?’. E ele: ‘Eu estou. Menos que você’. Eu tô dizendo isso porque, passados 29 anos de bancada, eu estou muito nervoso. “, completou o âncora, rindo.
Visivelmente emocionado, Tralli disse estar sereno e tranquilo sobre a passagem de bastão. “Como você mencionou, nós passamos o dia juntos, a Renata me trouxe um presente com um cartão maravilhoso, falamos sobre a vida, passado, presente, futuro, expectativa, então, eu posso dizer que eu estou num estado de serenidade e plenitude, estou muito feliz de estar aqui com vocês, quero agradecer muito essa recepção maravilhosa. Estou muito feliz de estar aqui num momento tão histórico para sua vida, para a minha vida, para a vida da Renata”, declarou.
“Eu também estou muito emocionada, porque, para mim, é uma honra compartilhar essa bancada com vocês dois. Dois monstros do jornalismo que eu admiro tanto”, respondeu Vasconcellos.
O JN, então, exibiu uma reportagem sobre a carreira de seu novo âncora, com as coberturas emblemáticas de sua carreira, como a morte da princesa Diana, um terremoto na Turquia em 1999, o ataque às Torres Gêmeas em Nova York, entre outros.
Em uma clima muito amigável, os três fizeram agradecimentos mútuos. “E esse é o meu último ‘boa noite’ pelo Jornal Nacional. A gente se vê, muito obrigado”, encerrou William Bonner, que foi aplaudido por toda a redação de jornalismo da Globo no Rio de Janeiro.
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