Com Guilherme Boulos à frente do Ministério da Secretaria-Geral da Presidência, Ricardo Galvão deixará a presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para assumir a cadeira deixada pelo psolista na Câmara dos Deputados.
“A voz da ciência no Congresso Nacional. Em 2019, o negacionismo tentou calar a ciência. Mas resistimos. Em 2022, o povo mobilizado derrotou o autoritarismo. Hoje, a ciência brasileira ocupa um lugar na Câmara dos Deputados. Comunico oficialmente que deixo a presidência do CNPq para defender a ciência no Congresso Nacional. Assumo o mandato de deputado federal, sucedendo o ministro @guilhermeboulos.oficial, e encerro com orgulho meu ciclo à frente do CNPq, onde reconstruímos a ciência brasileira”, escreveu Galvão nas redes sociais.
Em 2016, Galvão assumiu a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mas deixou o posto anos depois, em 2019, após embate com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Considerada uma intervenção inédita à época, a demissão repercutiu mundo afora. O trabalho de Galvão foi reconhecido mais uma vez, meses após o desligamento, ao ser incluído na lista da revista “Nature” como um dos 10 cientistas que se destacaram em 2019.
Dois anos depois, ele recebeu o prêmio internacional da Associação Americana para o Avanço da Ciência na categoria liberdade e responsabilidade científica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já concedeu ao novo titular de uma cadeira na Câmara a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico.
