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O desabafo dos delegados da PF sobre os laços que unem política, Justiça e o crime no Rio

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a prender o desembargador Macário Judice no Rio de Janeiro. Mensagens encontradas no celular do presidente afastado da Alerj, Rodrigo Bacellar, revelavam uma perigosa relação dos integrantes do Judiciário e do Legislativo com o crime organizado.

Numa prova de que o retrocesso civilizatório experimentado no Rio não poupa ninguém, os investigadores do caso aproveitaram o relatório em que pediram as ordens judiciais contra os investigados para desabafar.

Desolados, os delegados da PF que prenderam o desembargador Marcário Judice desabafam no relatório: o Rio, que “um dia foi cidade maravilhosa”, hoje, é “cidade do caos social diário”.

Leia o trecho do relatório da PF:

“O tráfico de drogas e armas estimula e propicia a prática de inúmeros delitos, tais como, homicídios, roubos, sequestros, tráfico de armas e lavagem de dinheiro, provocando verdadeiro caos social. Esse caos social é diário no cenário do Estado do Rio de Janeiro, em específico na capital que um dia foi considerada ‘Cidade Maravilhosa’, com notícias cotidianas sobre mortes de criminosos e inocentes em razão de guerras entre facções, a justificar necessárias intervenções policiais para combater uma variedade de atividades criminosas, sem que haja à vista uma solução. Em verdade, essa macrocriminalidade flagela a população, encarcerando-a em territórios faccionados, controlados mediante violência brutal de um organizado Estado paralelo e criminoso, chefiado pelas mais variadas organizações criminosas, como o PCC, Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro, Amigos dos Amigos e milicianos”.

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