Será tema da quarta parte da antologia de true crime Monstros, da Netflix, a história de Lizzie Borden, norte-americana que foi apontada como suspeita de assassinar o pai e a madrasta a machadadas no ano de 1892 em Fall River, Massachusetts, nos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, 9, a Netflix confirmou a atriz Ella Beatty como intérprete de Lizzie, e informou que a temporada já está em produção.
As temporadas anteriores do projeto mergulharam nas histórias de Jeffrey Dahmer, assassino de homens gays, dos irmãos Menendez, condenados pelo homicídio dos pais, e Ed Gein, serial killer que foi capturado em 1957 nos Estados Unidos.
O caso da família Borden é emblemático sobretudo pela dúvida que paira até hoje em relação à participação de Lizzie no crime: na época, a jovem foi apontada como suspeita mas nunca confessou o crime. Em vista das provas circunstanciais que a ligavam aos homicídios, ela foi levada a julgamento, mas acabou sendo absolvida da culpa e nenhum outro suspeito foi investigado.
Além de Beatty, o elenco contará com Rebecca Hall (The Awakening) como Abby, a madrasta de Lizzie, e Charlie Hunnam (Magnatas do Crime) como o pai Andrew Borden. Hunnam vive também Ed Gein na terceira temporada da antologia, recém-lançada na Netflix.
Relembre o crime de Lizzie Borden
Pertencente a uma família de classe média alta, Lizzie Borden nasceu em 1860, filha de Andrew e Sarah Borden. Em 1863, Sarah morreu e, três anos depois, o pai se casou com outra mulher, Abby Gary. Abby e Lizzie tinham uma relação complexa marcada por tensões e discordâncias cotidianas.
Em 4 de agosto de 1982, Andrew e Abby foram assassinados a machadadas dentro da casa da família em Fall River, em um horário que apenas Lizzie e a empregada da família, Bridget Sullivan, se encontravam na residência. A presença de Lizzie na casa e o histórico de desavenças com a madrasta fizeram a jovem se tornar a principal suspeita do crime, além do suposto álibi de Bridget, que dizia estar dormindo no momento do crime.
Todas as circunstâncias apontavam Lizzie como a assassina: ela teria comprado ácido em uma loja no dia anterior ao crime, teria sido vista queimando um vestido após o crime — o mesmo que vizinhos disseram que a jovem usava no dia do crime, e que ela disse ter queimado por estar sujo de tinta — e não permitiu que a polícia fizesse buscas na casa após o crime pois não se sentia bem. No entanto, a falta de provas concretas e da arma do crime dificultaram a investigação e a acusação de Lizzie, e ninguém nunca foi preso pelos assassinatos.
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