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O cãozinho que ‘pediu emprego’ e virou astro de ‘Caramelo’, da Netflix

Durante algumas semanas, o diretor Diego Freitas rodou o Brasil em busca de um astro canino. Inspirado pela cachorrinha Paçoca, que adotou na pandemia, ele buscava um vira-lata carismático para contracenar com Rafael Vitti no longa Caramelo, que estreia na quarta-feira 8 na Netflix. Só não esperava que a estrela viesse até ele: “Um cachorrinho de rua apareceu na porta do nosso treinador. Ele tinha uns 3 meses de idade, com a barriguinha cheia de lombriga. Estava praticamente pedindo emprego. Foi um sinal do universo”, contou o cineasta a VEJA sobre Amendoim, o encantador e hiperativo cãozinho que protagoniza o filme.

Adotado pela equipe, Amendoim saiu das ruas e virou estrela: estreou em frente às câmeras aos 9 meses de idade, depois de um semestre de muito treinamento em forma de brincadeiras com a equipe do longa — que teve de lhe ensinar, entre outras coisas, a “divertida” tarefa de destruir parte do cenário. “Tudo era como uma grande brincadeira. Ele foi ensinado coisas que teoricamente a gente não espera que um cachorro faça, como destruir as coisas, brincar, pular nos lugares — porque é isso que ele faz no filme”, explica o cineasta, atestando que descobriu um “superstar canino.

Embora alguns filmes com cães trabalhem com CGI, o longa da Netflix levou para as telas entre 40 e 60 cachorros reais. Para aconchegar toda essa galera, o set tinha um “cãomarim” com comida, água e espaço de descanso. Protagonista do filme, Amendoim contou com uma equipe especializada só para ele, incluindo nutricionista, treinador, veterinário e até massagista (sim, para “aliviar” o estresse). “Quando não estava mais a fim, ele ia para a casinha tirar uma soneca. O tempo do cachorro é prioridade no set”, diz o diretor. Amendoim também tinha um dublê. Comum em em filmes de pets, os dublês caninos são usados justamente para não sobrecarregar os animais. No caso de cães de raça, a tarefa é mais fácil, pela semelhança entre eles.

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Para vira-latas, encontrar animaizinhos idênticos torna-se mais desafiador. “Foi a maior dificuldade. Mas nós achamos um caramelo parecido nos abrigos que visitamos. O Derek é mais calminho, então as cenas em que o cachorro está no colo é ele quem faz”, detalha o diretor sobre os bastidores do filme — que, além dos dois caramelos, contou com dezenas de outros cães, muitos dos quais acabaram adotados pela equipe ao fim do processo.

Para trazer espontaneidade, duas câmeras ficavam filmando os animais quase que o tempo todo, e várias das travessuras feitas por eles acabaram no filme. “A gente estava filmando a reforma do trailer o Amendoim pegou o rolo de tinta e saiu correndo pela praça, e nós fomos correndo atrás com a câmera. Essa cena está no filme”, explica o diretor sobre a dinâmica de filmagens com o caõzinho, que aprendeu a destruir as coisas toda vez que a equipe falava “ação” no set. “A gente começou a usar outras palavras, e aí ele ficava só olhando para a cara do assistente de direção esperando ele falar ‘ação’ pra sair correndo”.

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