O concurso Miss Universo 2025, realizado na Tailândia, coroou nesta quinta-feira, 20, a Miss México, Fátima Bosch, 25 anos. A vitória dela encerra um capítulo conturbado do evento, que contou com acusações de fraude, brigas públicas — envolvendo até personalidades da política –, e a renúncia de jurados descontentes.
A crise começou no início do mês, quando Fátima Bosch foi insultada pelo diretor tailandês do concurso, Nawat Itsaragrisil, que a chamou de “burra” por não divulgar o evento em suas redes sociais. Por ter sido desrespeitada, ela deixou a competição e foi seguida por outras candidatas em solidaridade. O caso tornado fez com que diversas personalidades mulheres se levantassem em apoio à jovem, entre elas a então Miss Universo, Victoria Theilvig, e até a presidente do México, Claudia Sheinbaum. Nawat pediu desculpas, mas o estrago já estava feito. Nesta semana, dois jurados renunciaram, um deles, o músico Omar Harfouch, alegou manipulação prévia de votos. A organização negou.
Para além desses acontecimentos, outros deslizes e controvérsias marcaram a edição do concurso. Miss Jamaica caiu do palco e foi hospitalizada, Miss Grã-Bretanha tropeçou durante a apresentação e disse ter feito de propósito. Miss Chile postou um vídeo no qual simula o uso de cocaína. Fora as muitas críticas que o concurso já recebe há anos, que colocaram em xeque sua relevância no século XXI: como um evento que analisa a beleza das mulheres ainda pode ser levado a sério?
A vitória de Fátima Bosch também não saiu incólume: há quem diga que o concurso a elegeu vencedora para colocar panos quentes no ocorrido. Fica a dúvida. Mas alguém de fato se importa?