O ator indicado ao Oscar Liam Neeson (Corra que a Polícia Vem Aí!) fez a narração do documentário anti-vacina Plague of Corruption: 80 Years of Pharmaceutical Corruption Exposed (traduzido livremente como “Praga da Corrupção: 80 Anos de Corrupção Farmacêutica Exposta”). Inspirado em um livro da pesquisadora negacionista Judy Mikovits e do advogado Kent Heckenlively, o documentário se propõe a investigar “como gigantes farmacêuticas capturaram sistematicamente governos e enganaram famílias e comunidades em todo o mundo”, de acordo com a sinopse da produção.
A posição negacionista fica clara já na seleção de entrevistados para o documentário. Um deles é o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por sua postura contrária aos imunizantes e por espalhar teorias da conspiração que associam, sem qualquer fundamento científico, a vacinação ao desenvolvimento de autismo. Em dado momento, Neeson pode ser ouvido dizendo que as vacinas da Covid-19 foram “experimentos perigosos”.
Embora tenha cedido apenas sua voz ao documentário, a participação de Neeson deixa a impressão de que o astro está de acordo com o tom da produção. Em nota enviada à revista Rolling Stone, porém, um representante do ator desmentiu que ele compartilhe das mesmas visões do documentário. “Todos reconhecemos que a corrupção pode existir dentro da indústria farmacêutica, mas isso nunca deve ser confundido com oposição às vacinas. Liam nunca foi, e não é, antivacina”, diz o comunicado. O representante ainda lembra “seu extenso trabalho com a Unicef” que “reforça seu apoio de longa data à imunização global e às iniciativas de saúde pública”.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
- Tela Plana para novidades da TV e do streaming
- O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
- Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
- Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial