É fato que o polêmico pacote de aumento de impostos anunciado pelo governo federal pegou mal no mercado financeiro, em Brasília e na sociedade como um todo. Medidas do tipo e elevações como as praticadas nas alíquotas do IOF não ajudam em nada na segurança jurídica necessária para empresários e estrangeiros investirem tempo e dinheiro no Brasil. Previsibilidade é uma palavra-chave no mundo corporativo, e a falta dela prejudica bastante a atratividade de um país aos olhos de um CEO.
“A imprevisibilidade é até pior que um ambiente ruim de negócios. O ambiente ruim pode ser avaliado e precificado, mas um ambiente imprevisível posterga decisões e investimentos. Mudanças de percurso e projetos pouco esclarecidos não ajudam, sem dúvida”, diz Pedro Ripper, CEO da Bemobi, em entrevista ao programa VEJA S/A.
O empresário, no entanto, reconhece a capacidade do governo de admitir erros e voltar atrás em temas como o aumento no IOF. “Um governo que consegue escutar uma reação negativa e reavaliar uma rota também tem seu mérito, é sinal que algum tipo de diálogo ainda existe”, conclui. O VEJA S/A é publicado todas as terças-feiras, a partir das 16h.
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