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O ‘alarme falso’ provocado pela tornozeleira eletrônica de Roberto Jefferson

Quase um mês depois de o ex-presidente Jair Bolsonaro ter tentado derreter a tornozeleira eletrônica que o monitorava em casa, soou na Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro um alarme de que outro preso célebre poderia ter burlado decisões judiciais e violado a ordem de prisão domiciliar imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo ofício registrado nesta segunda-feira, 29, pela Corte, a tornozeleira eletrônica do ex-deputado federal Roberto Jefferson disparou na manhã do dia 20 de dezembro em um indicativo de que o ex-parlamentar havia deixado sua casa na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).

Para evitar problemas com o juiz tido como algoz do bolsonarismo, a defesa de Jefferson informou ao gabinete de Alexandre de Moraes que ele visitava a mãe idosa após ter recebido autorização judicial e que, portanto, não houve qualquer burla à fiscalização. Os relatórios sobre o monitoramento do ex-deputado são encaminhados periodicamente à Corte e fazem parte da rotina de execução penal do aliado do ex-presidente Bolsonaro.

Presidente de honra do antigo PTB, nos últimos anos ele atuou como linha auxiliar do bolsonarismo em ataques ao STF e na divulgação de supostas tentativas de derrubar o antigo chefe do Executivo. Foi preso por suspeita de integrar uma milícia digital e recebeu policiais federais à bala depois de uma nova ordem de prisão por ataques misóginos à ministra Cármen Lúcia. Jefferson foi condenado a pouco mais de nove anos de prisão por calúnia, homofobia, incitação de crimes e atentado contra o exercício dos Poderes. Desde maio ele cumpre prisão domiciliar humanitária por conta de problemas de saúde.

Além de usar tornozeleira, Jefferson teve o passaporte suspenso, não pode usar redes sociais e só tem autorização para receber visitas de advogados e familiares. A violação de tornozeleiras eletrônicas virou assunto desde a ofensiva de Bolsonaro contra o dispositivo. Nesta segunda-feira, a Polícia do Paraguai informou, por exemplo, ter encontrado no banheiro de uma rodoviária o aparelho que monitorava o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, preso preventivamente depois de tentar fugir do Brasil para não cumprir a pena de 24 anos de prisão imposta a ele pelo STF.

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