A guerra entre Israel e o Hamas está prestes a completar dois anos e novos ataques israelenses na Faixa de Gaza mataram ao menos 30 pessoas neste sábado, 23, de acordo com a agência AP. Testemunhas afirmaram que mísseis israelenses atingiram um campo de desabrigados na cidade de Khan Younis, no sul do país. De acordo com autoridades de saúde do Hospital Nasser, mais da metade das vítimas era composta por mulheres e crianças.
Outras cinco pessoas que buscavam ajuda foram mortas quando tropas israelenses abriram fogo na região norte de Gaza, perto da passagem de Zikim com Israel, onde comboios de agências e órgãos aguardam para ingressar. “Toda a Faixa de Gaza está sob bombardeio… Ao sul. Ao norte. Em todos os lugares”, disse Abu Agala, tio de duas crianças mortas em ataques, à AP.
Tom Fletcher, subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a Faixa de Gaza enfrenta uma grave situação de fome generalizada e que o cenário foi construído por Israel. A fome extrema foi identificada na Cidade de Gaza, o maior do território palestino e alvo de uma nova operação terrestre do Exército israelense. “Há fome generalizada em Gaza, em pleno no século 21. Uma fome que se desenvolve sob o olhar de drones e da tecnologia mais moderna. Uma fome promovida abertamente por alguns líderes israelenses como uma arma de guerra. A fome de Gaza é prevenível, algo que se desenvolveu sob o nosso olhar e deve nos assombrar”, afirmou Fletcher.
