Com papéis marcantes em filmes como Cidade de Deus (2002) e Tropa de Elite 2 (2010), Seu Jorge, 55 anos, parece hoje ser mais ator do que cantor. Na próxima semana, ele estará de volta às telonas com A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (confira em Veja Recomenda, na pág. 88). “Fazer cinema é uma motivação, não pela indústria em si, mas porque acredito demais na história da minha gente”, diz. No longa, ele interpreta um marido opressor que se impõe com violência à mulher, a catadora Gal. A pesada e necessária temática serve de pretexto para a articulação saudável de discursos contra o machismo. “Quando o homem está sóbrio e trabalhando, ninguém percebe que ele pode ser abusivo”, diz ele, que faz questão de atribuir cunho feminista a algumas de suas canções politicamente incorretas, como Fiu-Fiu e Quem Sabe Sou Eu. “Sempre cantei exaltando a mulher”, diz.
Com reportagem de Mafê Firpo e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 1º de agosto de 2025, edição nº 2955