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Novo imposto não deve ter grande impacto na demanda por debêntures, diz CEO da Bradesco Asset

A medida provisória (MP) 1.303/25, publicada pelo governo federal em junho e que implica na cobrança de 5% de imposto de renda sobre debêntures incentivadas, não deve ter um grande impacto na demanda do mercado por esse tipo de investimento. A análise é do CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal. “Provavelmente o apetite vai diminuir um pouco. Não sei se vai diminuir ao ponto de igualar com uma debênture que não é incentivada”, disse durante o Veja Fórum de Infraestrutura, promovido pela revista Veja, nesta segunda-feira, 18, em São Paulo. O executivo ressalta que os ganhos provenientes de debêntures incentivadas são reduzidos por conta da nova incidência de imposto, mas o bom rendimento faz com que elas continuem atrativas e, por vezes, mais vantajosas do que outros produtos financeiros. Funchal expõe uma tendência geral de busca por debêntures incentivadas no mercado. “Vimos claramente uma saída do investidor de fundos de risco, de ações e multimercado, e migrando para crédito, especialmente debêntures incentivadas”, disse.

O presidente da Bradesco Asset pontuou, em tom otimista, que o mercado de capitais ganhou muito espaço no financiamento da infraestrutura no país — sendo as debêntures incentivadas de infraestrutura a principal ferramenta para esse fomento. “O mercado de capitais conseguiu suprir muito bem a redução no financiamento que vinha de bancos, principalmente os públicos. Vamos chegar a 140 bilhões (em financiamento via mercado de capitais) de reais neste ano”. Ao lado do financiamento de projetos, a disponibilidade de mão de obra qualificada e a estabilidade regulatória são os outros dois fatores relevantes para o avanço do setor de infraestrutura no país, na avaliação de Funchal.

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