A recuperação econômica da Argentina ainda impõe desafios e grandes dificuldades ao governo do presidente Javier Milei. É fato que as contas públicas do país fecharam com superávit financeiro em 2024 pela primeira vez em 13 anos e que os argentinos estão deixando para trás a dura recessão dos últimos anos, mas a caminhada ainda é longa. No primeiro trimestre de 2025, o crescimento do PIB foi de 5,8% — o maior desde 2022. Apesar do número chamativo, é preciso lembrar que a base de comparação — com o mesmo período de 2024 — é considerada baixa, e o resultado foi abaixo das estimativas. Uma pesquisa da agência Reuters com economistas previa um crescimento de 6,1% no período.
Além disso, a Argentina deve seguir sem o status de mercado emergente na gigante mundial de índices MSCI. Na prática, os analistas do banco Bradesco BBI explicam em relatório que a decisão deve atrasar a entrada de fluxos relevantes de capital estrangeiro nos ativos locais. A MSCI ainda considera insuficiente os avanços obtidos por Javier Milei na reconstrução da credibilidade econômica da Argentina.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: