Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir os rumos da taxa básica de juros, Selic, o mercado financeiro ajustou suas expectativas para a economia brasileira. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, os analistas consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir, a projeção para a inflação de 2025. Também houve elevação das estimativas de crescimento econômico para 2025 e 2026.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, a mediana das projeções passou de 5,44% para 5,25%. Para 2026 e 2027, as estimativas foram mantidas em 4,5% e 4%, respectivamente. Vale lembrar que o teto da meta de inflação é de 4,5% e o centro, de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A revisão vem na esteira da desaceleração da inflação oficial, divulgada pelo IBGE na semana passada: o IPCA avançou 0,26% em maio, ritmo menor que os 0,43% de abril e abaixo do esperado por analistas e economistas.
No boletim desta semana, as estimativas para atividade econômica foram revisadas para cima. O PIB de 2025 passou de 2,18% para 2,20%. Para 2026, a expectativa avançou de 1,81% para 1,83%. Para 2027, o número segue em 2%. A divulgação do PIB do primeiro trimestre deste ano, que mostrou crescimento de 1,4% sobre os três meses finais de 2024, puxado principalmente pelo agronegócio e pelo setor de serviços.
As expectativas para o câmbio diminuíram. O dólar deve fechar 2025 em 5,77 reais. No ano que vem, a moeda americana encerrará o ano cotada a 5,80, de acordo com as projeções dos analistas de mercado. Para 2027, a estimativa ficou em 5,80%.
Sobre a Selic, não houve mudanças, às vésperas da reunião do Copom. O mercado segue esperando a taxa básica em 14,75% ao final de 2025, o que significa que os agentes esperam que o patamar atual da Selic seja mantido na próxima quarta-feira, quando o comitê divulgar o comunicado da reunião. As estimativas para o ano que vem e o próximo não mudaram também: 12,5% em 2026 e 10,5% em 2027.