O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, fez um apelo, durante depoimento à CPI do Crime Organizado no Senado nesta terça-feira, para o Congresso aumentar o orçamento discricionário da corporação em cerca de 40%.
Segundo Rodrigues, a PF teve em 2025 verbas da ordem de 1,8 bilhão de reais para custeio e investimento, o que engloba gastos como aluguel de prédios, contratos de terceirizados, compras de viatura e armamento, operações e pagamentos de passagens e diárias.
Com o orçamento da União de 2026 ainda em discussão no Congresso, o diretor-geral da Polícia Federal fez, na CPI, um apelo para que as verbas discricionárias da corporação sejam elevadas para ao menos 2,5 bilhões de reais no ano que vem.
Um dos projetos da PF que vai demandar mais dinheiro é a expansão das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) para áreas de fronteira, portos e aeroportos, como parte de uma estratégia nacional de enfrentamento ao crime que está em discussão interna na corporação.
Hoje, segundo Rodrigues, há pouco menos de 13.000 policiais federais em atuação, com previsão de formar mais 2.000 até o fim do ano que vem, a partir de um concurso público realizado no início de 2025, chegando ao efetivo definido em lei de 15.000 agentes e delegados.
“Estimo que precisaríamos, para atender a todas as demandas, pensando a médio e longo prazo, do dobro desse efetivo”, declarou Rodrigues na CPI.