O presidente Lula retornou a Brasília depois da abertura da COP30, mas a primeira dama, Janja da Silva, segue em Belém, onde tem aparecido tanto quanto as autoridades brasileiras, no papel de protagonista das ações contra as mudanças climáticas.
Desde que desembarcou na capital paraense, Janja cumpriu compromissos oficiais, ao lado do marido – reuniões bilaterais com chefes de Estado, discussões em plenárias e cerimônias de abertura da Cúpula de Líderes e da reunião entre as partes -, mas também eventos paralelos em que figura como estrela convidada.
Na condição de enviada especial da COP30, entregou em mãos ao presidente Lula, ao presidente da conferência, embaixador André Correa do Lago e à CEO, Ana Toni, um documento que chamou de “carta dos biomas”. Trata-se de relatos de lideranças femininas colhias por Janja em viagens pelo Brasil .
Entre os encontros, que ocorreram ao longo do ano, a esposa de Lula tentou se aproximar do público evangélico, grupo que tem maior resistência ao governo petista, segundo as pesquisas, e que nutre grande simpatia pela ex-primeira dama, Michele Bolsonaro.
No Instagram, onde mantém uma estratégia digital, Janja interagiu com o mascote da conferência, o Curupira, e divulgoiu diariamente a agenda em Belém que inclui entrevistas a podcasts, participação em juris de prêmios de sustentabilidade e falas em stands que integram a Blue Zone.
Longe do holofotes, Janja dançou no iate que hospeda a comitiva presidencial e alfinetou os jornalistas ao passar em frente ao Media Center, a área da COP destinada à imprensa. “Já compraram coxinha?”, comentou, de acordo com o UOL, após diversas reportagens relatarem os preços proibitivos da comida praticados na Blue Zone.