A Justiça britânica condenou nesta sexta-feira, 7, Julia Wandelt a seis meses de prisão por assediar a família de Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em Portugal em 2007. A jovem polonesa de 24 anos ficou conhecida mundialmente no ano passado após afirmar, de forma insistente, que seria a própria Madeleine.
Durante o julgamento, realizado na Corte de Leicester, Wandelt chegou a chorar ao ouvir dos advogados que não há qualquer evidência científica que a relacione à família McCann. Segundo o juiz responsável pelo caso, há um “risco significativo” que a ré volte a importunar os pais da criança, motivo pelo qual também impôs uma ordem de restrição contra ela.
Outra acusada no mesmo processo, Karen Spragg, de 61 anos, moradora de Cardiff, também foi processada por assediar a família McCann. Ambas foram consideradas culpadas de importunação, mas absolvidas da acusação de perseguição. Spragg, que compareceu ao tribunal com uma bolsa pronta para o caso de ser presa, chorou ao ouvir o veredito.
Wandelt, que já havia cumprido o período de seis meses de detenção preventiva, não precisará retornar à prisão. Ainda assim, o juiz reforçou que ela deverá manter distância da família McCann e não repetir as alegações falsas sobre sua identidade.
A história de Madeleine McCann segue como um dos desaparecimentos mais emblemáticos do século XXI. A menina, então com três anos, sumiu em maio de 2007 do quarto onde dormia com os irmãos em um resort na Praia da Luz, no Algarve, enquanto os pais jantavam em um restaurante do hotel. Apesar de inúmeras investigações e da identificação de suspeitos ao longo dos anos, o caso continua sem solução definitiva.