Uma mulher de 37 anos foi detida por pichar patrimônio público nas ruas de Belo Horizonte durante a manifestação do último domingo, 14, contra o PL da Dosimetria, que reduz as penas das pessoas que depredaram o patrimônio público em Brasília no 8 de janeiro de 2023 — condenadas por tentativa de golpe se estado.
De acordo com a Polícia Militar, Thabata Pinheiro Campos foi flagrada por câmeras de segurança enquanto pichava o Monumento à Terra Mineira, estátua que fica na Praça da Estação. Ela usou um spray de tinta vermelha para escrever “Brasil Terra Indígena” na base da alegoria.
Os agentes da PM foram ao local e realizaram a detenção da mulher, que teria se recusado a obedecer as ordens policiais, foi conduzida a uma unidade policial, onde a PM lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de pichação. Thabata assinou um termo de compromisso de comparecimento em audiência, a ser agendada perante o Juizado Especial Criminal de BH, e, após ser ouvida, foi liberada.
O monumento pichado é uma obra do escultor Giulio Starace e fica localizado de frente para o Museu de Artes e Ofícios do estado. A estátua representa o domínio do território pelos bandeirantes e a conquista da liberdade pelos mártires mineiros.
Nas redes sociais, bolsonaristas destacaram a ironia no fato de Thabata estar participando de uma manifestação contrária à anistia e redução de penas de pessoas que fizeram o mesmo que ela, como no caso de Debora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira que usou um batom vermelho pra pichar a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça que fica em frente à sede do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Celebrizada depois pelo bolsonarismo como “Debora do Batom”, ela foi condenada no STF a catorze anos de prisão por vários crimes, entre eles onde tentativa de golpe de estado. Ela cumpre a sentença em regime domiciliar.
O caso de Thabata segue para investigação na esfera criminal.
