Na semana passada, o Radar revelou que servidores dos Correios haviam denunciado ao Ministério Público do Trabalho uma rotina de assédios praticados por integrantes da cúpula da estatal.
Segundo a denúncia, o Departamento Jurídico dos Correios obrigava o corpo administrativo da estatal a realizar tarefas distantes de suas reais obrigações, como lavar canecas de café e organizar outros serviços de limpeza na repartição. Quem não concordava com as ordens era repreendido.
Na última quarta-feira, o Ministério Público do Trabalho decidiu abrir um inquérito para investigar os Correios por práticas de “violência” e “assédio psicológico” contra servidores.
Atravessando uma das piores crises de sua história, a estatal declarou prejuízo bilionário no ano passado e acumula denúncias de irregularidades praticadas pela atual gestão, nomeada pelo governo Lula.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, o prejuízo declarado da estatal foi de 1,7 bilhão de reais, mais que o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado.
A receita líquida dos Correios no primeiro trimestre de 2025 foi de R$ 3,95 bilhões, uma queda de 12,2% em relação ao mesmo período de 2024.
A empresa enfrenta ações judiciais por causa da inadimplência com o plano de saúde dos funcionários e atrasos em pagamentos a fornecedores.
