Sete meses depois de o desabamento de uma ponte deixar mortos na divisa do Tocantins com o Maranhão, o MPF decidiu abrir uma série de inquéritos para investigar as condições de estruturas desse tipo sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
Constantemente nas páginas policiais, por denúncias de corrupção, o órgão é aparelhado politicamente por diferentes partidos em cada um dos estados brasileiros. Essa relação entre interesses políticos e o devido trabalho técnico de conservação de estruturas acaba levando a casos de negligência que, na visão dos investigadores, precisam ser apurados de perto.
Recentemente, por exemplo, o MPF abriu um inquérito com o objetivo de apurar a “existência de mais de 90 pontes federais no Estado do Ceará em condições classificadas como ‘ruim’ ou ‘crítica’”. A apuração não cita nomes de responsáveis nem crimes identificados.
No início do ano, um relatório do Dnit revelou a existência de 92 pontes localizadas em rodovias federais em condições precárias. Dessas, 77 foram classificadas com nota 2, indicativo de uma situação ruim, e 16 receberam a nota 1, a mais crítica.