O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu mais uma investigação contra dirigentes e ex-dirigentes do Sport Club Corinthians Paulista. Inicialmente, o órgão apurava o uso de cartões de crédito corporativos do clube por Duílio Monteiro Alves e Andrés Sanchez, ex-presidentes do clube. O ato, caso comprovado, se configura como crime de apropriação indébita.
Suspeitando de uma relação entre o Corinthians e uma empresa de fachada, apontada pelo órgão como sendo Oliveira Minimercado, o MPSP vai investigar a cúpula do clube, agora, também por estelionato, furto qualificado pelo concurso de agentes e abuso de confiança, falsidade ideológica e associação criminosa.
Segundo o promotor Cassio Roberto Conserino, o Corinthians gastou, somente na última semana de outubro de 2023, cerca de 32.580 reais no Oliveira Minimercado.
No documento que oficializa a ampliação da investigação, Conserino informou que foi pessoalmente ao suposto endereço da empresa, na rua Lagoa Mirim, nº 16, Jardim Marquesa, em São Paulo, mas constatou não haver nenhum comércio no local.
De acordo com o promotor, os referidos gastos foram averiguados em um relatório de despesas da gestão de Duílio referentes a outubro daquele ano. Com base no documento, o MPSP vai apurar ainda outras despesas ali discriminadas e que apontam demais direcionamentos de recursos do Corinthians para fins pessoais.
Entre outras providências, o MPSP também incluiu o motorista do ex-presidente Duílio, Denilson Grillo, como investigado. Ele teria assinado diversas transações comerciais do Corinthians que estão na mira da investigação.
