Preocupado em retomar o ritmo dos trabalhos, o presidente da Câmara, Hugo Motta, convocou uma reunião de emergência com líderes partidários para tentar garantir unidade no colegiado, isolar partidos da oposição e, consequentemente, minar a rebelião montada por eles no retorno do recesso do Congresso.
Em reação à decisão de Alexandre de Moraes, do STF, de determinar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente ocuparam o plenário da Casa e prometeram manter a mobilização até que Motta paute medidas prioritárias do bolsonarismo, como a PEC do fim do foro privilegiado e o PL da Anistia.
O paraibano, que estava fora de Brasília, se irritou com a iniciativa, cancelou a sessão e convocou a reunião com os líderes partidários para a manhã desta quarta-feira.
Opositores já avisaram que não comparecerão, porque só considerarão uma desmobilização após uma conversa conjunta com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O objetivo é a construção de um acordo sobre pautas prioritárias do grupo com as duas Casas.
Motta, por sua vez, deve apelar às lideranças que é preciso concentrar esforços no avanço de medidas econômicas, como a reforma do imposto de renda, o que contemplaria não apenas a base do governo como também partidos de centro.