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Morte de Brigitte Bardot ressuscita polêmicas, de xenofobia a racismo

Ícone do cinema europeu e considerada uma das mulheres mais bonitas da história, a atriz Brigitte Bardot foi, também, um poço de contradições, deixando um rastro de polêmicas. Após sua morte no domingo, 28, aos 91 anos de idade, a francesa teve seu passado revisto e exposto nas redes sociais, levantando debates sobre o quanto do seu legado será ou não afetado por seus erros.

Se por um lado Brigitte deixou um ótimo exemplo defendendo o direito das mulheres e a proteção aos animais, por outro, usou as mesmas bandeiras como desculpa para comentários racistas e xenofóbicos contra imigrantes árabes e comunidades muçulmanas na França e até contra povos nativos da ilha da Reunião, departamento ultramarino francês no Oceano Índico. Ela chegou a ser multada seis vezes pelo governo francês por incitação ao ódio racial. Sua visão em relação aos imigrantes foi, segundo ela, a razão para apoiar a candidata de extrema-direita francesa Marine Le Pen nas eleições, a quem Brigitte dizia que teria o poder de salvar a França.

Em 2018, Bardot, que sempre defendeu a liberdade da mulher, perdeu pontos com o feminismo ao criticar o movimento antiassédio #MeToo, iniciado em Hollywood, chamando vítimas de hipócritas e toda a ação de ridícula. Curiosamente, entre os anos 1950 e 1960, a atriz desafiou qualquer forma de conservadorismo ao assumir papéis sensuais e roupas diminutas no cinema, o que fez dela um símbolo da revolução sexual do pós-guerra e uma persona non-grata para a Igreja Católica.

Se com os humanos Bardot tinha lá seus preconceitos, o mesmo não pode ser dito sobre sua relação com os animais. Envolvida em causas de proteção da natureza e dos bichos desde os anos 1960, ela criou, em 1986, a Fundação Brigitte Bardot, que atua em diversos países defendendo a causa animal. Incentivou a adoção de pets e se opôs à caça e à pesca predatória.

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