O ator sueco Björn Andrésen morreu neste sábado, 25 de outubro, aos 70 anos. A informação foi confirmada pelos cineastas Kristian Petri e Kristina Lindström ao jornal Dagens Nyheter, sem que uma causa de morte fosse divulgada.
Nascido em 1955, Andrésen ficou mundialmente famoso aos 16 anos, quando foi selecionado para viver o elusivo garoto Tadzio em Morte em Veneza, adaptação de Luchino Visconti do romance homônimo de Thomas Mann. Na trama, o compositor Gustav von Aschenbach (Dirk Bogarde) desenvolve uma obsessão platônica por um garoto loiro que observa durante estadia em um hotel na cidade italiana. Personificação de ideias como beleza, juventude e arte, Tadzio pouco fala ao longo do filme, mas assombra personagem e público com seus olhares lacerantes, especialmente quando a saúde do protagonista começa a declinar em meio a uma epidemia de cólera.
Sucesso de crítica, o filme entrou para o cânone da sétima arte e é até hoje referenciado. Quanto a Andrésen, se tornou alvo de frisson midiático devido à temática gay da história e após ser rotulado “o garoto mais bonito do mundo” por Visconti durante uma coletiva de imprensa no Festival de Cannes. Em 2021, o documentário O Garoto Mais Bonito do Mundo, de Petri e Lindström, revelou ao mundo os traumas do ator, sexualizado desde antes da maioridade.
Após o filme, Andrésen se tornou uma celebridade de alto escalão no Japão, estampando campanhas publicitárias e revistas diversas. Sua imagem foi fundamental para o estabelecimento da estética “Bishōnen” no país, referente a belos jovens de aparência andrógina. Lá, ele também gravou diversas músicas pop. Mais recentemente, participou do terror Midsommar – O Mal Não Espera a Noite (2019), de Ari Aster.
Ele deixa uma filha, Robine, fruto de seu casamento com Susanna Roman entre 1983 e 1987.

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