O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na antevéspera de Ano-Novo pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que o sogro do ex-presidente o visitasse no hospital onde se recupera de uma cirurgia, em Brasília. Condenado a 27 anos e três meses de prisão por chefiar a trama golpista, o antigo mandatário está internado no DF Star e deve ser submetido a uma nova cirurgia nesta quarta-feira, 31, para conter soluços persistentes, informou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
De acordo com o boletim médico de Bolsonaro, o procedimento é uma endoscopia digestiva alta para avaliação do refluxo gastroesofágico. Desde o último sábado, 27, ele passou por três procedimentos cirúrgicos com o objetivo de amenizar o problema.
Bolsonaro ainda continuará em procedimentos complementares, como fisioterapia respiratória, terapia de CPAP noturno e medidas preventivas para trombose. Ele permanecerá internado no Hospital DF Star, em cuidados pós-operatórios de herniorrafia inguinal bilateral, por via convencional, para poder ser observado de perto pela equipe médica. Após o segundo procedimento cirúrgico, o ex-presidente voltou a ter crises de soluço na manhã de hoje — como divulgado pelo seu filho Carlos Bolsonaro. Por isso, ele foi encaminhado novamente ao centro cirúrgico para passar por mais um procedimento, de reforço.
O ex-presidente passará o Réveillon em observação e que, caso não tenha nenhum quadro de piora, pode receber alta na quinta-feira, 1º de janeiro.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, o veto à visita do sogro de Bolsonaro é justificado, por exemplo, pelas regras do próprio hospital onde o político está internado e por questões de segurança. “No caso concreto, o apenado encontra-se internado em unidade hospitalar, circunstância que impõe regime excepcional de custódia, distinto daquele existente no estabelecimento prisional, submetido às normas próprias do ambiente hospitalar e às orientações médicas. Dessa forma, diante das circunstâncias excepcionais da internação hospitalar, da necessidade de garantir a segurança e a disciplina”, escreveu Moraes em despacho datado do dia 30.
