Residentes dos complexos da Penha e do Alemão, onde aconteceu a megaoperação que deixou 121 mortos mais cedo nesta semana, protestaram contra a letalidade policial e pediram justiça para as vítimas nesta sexta-feira, 31.
Os participantes se reuniram em um campo de futebol na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio, e depois seguiram caminhando e em motos para a Avenida Brasil. O ato terminou por volta das 18h.

Além dos moradores, também estavam presentes ativistas e parlamentares, como o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ), que disse que foi prestar solidariedade à população e pressionar por uma nova abordagem para a segurança pública. “Essa política de chacina atrás de chacina não leva a lugar nenhum”, falou.
Mães de mortos em outras operações também se juntaram ao grupo, como Adriana Santana de Araújo, que perdeu o filho, Marlon, em uma operação no Jacarezinho em 2021. ““Eu vim aqui porque eu sei o que essas mães de agora estão passando. A dor não passa nunca. A gente se acostuma a viver com ela. Enterram os nossos filhos mortos e enterram nós, as mães, vivas”, afirmou.
A Polícia Civil informou que 99 dos 117 suspeitos mortos foram identificados, e destes, 78 tinham “histórico criminal relevante”. A OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) instaurou um observatório para acompanhar as investigações.
Com informações da Agência Brasil