Depois de anunciar a organização de uma missão aos Estados Unidos para negociar o tarifaço de Donald Trump juntamente com parceiros comerciais norte-americanos, a CNI que tudo esteja pronto para viagem ocorrer entre primeira e a segunda semana de setembro.
A ideia é levar empresários que sofrerão fortes impactos com o tarifaço de Trump e buscar um diálogo técnico, sem a carga política vista nos discursos tanto de Lula quanto de Trump.
Na terça, a CNI divulgou dados que revelam como será grave o impacto das tarifas norte-americanas na economia brasileira.
A medida vai impactar 77,8% da pauta produtos exportados por empresas nacionais ao mercado norte-americano.
“No total, 77,8% da pauta exportadora está sujeita a alguma taxação adicional, considerando as ordens executivas que instituíram as tarifas de 10%, de 40% e a Seção 232 do Trade Expansion Act, de 25% e 50%, aplicadas exclusivamente a produtos de aço, alumínio, cobre, veículos e autopeças. Mais da metade das exportações enfrentarão sobretaxas de 50%”, disse a CNI.
O cruzamento mostra que dos 77,8% das exportações sujeitas a taxação adicional, 45,8% estão submetidas a tarifas de 40% ou 50% direcionadas especificamente ao Brasil.
“Esse retrato dá a dimensão do problema enorme que teremos de enfrentar e o quanto vamos precisar avançar nas negociações para reverter essas barreiras. É um trabalho que precisa envolver governos e os setores produtivos. Os EUA são os principais parceiros comerciais da indústria, precisamos encontrar saídas”, disse Ricardo Alban, presidente da CNI.