O Ministro dos Esportes, Artes e Cultura da África do Sul, Gayton McKenzie, está sendo investigado pela comissão de direitos humanos do país por publicações antigas em mídias sociais contendo insultos raciais altamente ofensivos. Ele é frequentemente visto como o para-raios de polêmicas e tinha até quarta-feira, 20, para responder à Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos (SAHRC), que quer que o ministro exclua as postagens ofensivas e emita um pedido público de desculpas, entre outras exigências. Em resposta, ele afirmou que suas palavras foram distorcidas para alimentar uma campanha de difamação política.
Nas publicações de mais de uma década atrás, no antigo Twitter, McKenzie usou repetidamente a palavra “kaffir”, um insulto racial pejorativo, usado na África do Sul para se referir a pessoas negras, associado historicamente ao racismo e ao Apartheid. McKenzie diz que se arrepende das publicações, mas também se defendeu em um longo vídeo ao vivo compartilhado em sua página do Facebook. O ministro se descreveu como alguém de “pele negra”, cujo pai era uma mistura de japonês e irlandês e cuja mãe é uma mulher negra da comunidade Sotho. Por isso, ele acrescentou, quando fala de pessoas negras ele está se incluindo na equação.