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Militares apresentam a Trump planos de ação na Venezuela para próximos dias, diz emissora

Militares do alto escalão dos Estados Unidos apresentaram nesta quarta-feira, 12, ao presidente Donald Trump opções de operações na Venezuela, informou a emissora americana CBS News. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, e outros oficiais entregaram planos atualizados, que incluíam ataques por terra, disseram funcionários da Casa Branca. A movimentação ocorre em meio à escalada de tensões entre os dois países, reflexo do envio de tropas americanas ao Caribe e Pacífico.

As fontes afirmaram que a comunidade de Inteligência dos EUA contribuiu com o fornecimento de informações para possíveis operações. A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, não participou das discussões porque estava retornando de uma viagem ao exterior, ao passo que o Secretário de Estado, Marco Rubio, estava no Canadá para a cúpula de ministros das Relações Exteriores do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, mas que também conta com participação da União Europeia (UE).

O planejamento militar ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). O maior porta-aviões dos EUA, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.

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Tensão no Caribe

O republicano também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro. Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

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Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas, como define o governo americano, no Caribe e Pacífico. Até o momento, foram 21 bombardeios, que resultaram 80 mortes.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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Recado de Maduro

Na terça-feira, 12, Maduro ativou os chamados “Comandos Integrados de Defesa”, uma nova estrutura que reúne “todas as instituições públicas do Estado venezuelano, a instituição militar e todo o poder popular” para fortalecer a capacidade de defesa em caso de confronto militar. A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada “em três níveis de governo: nacional, estadual e municipal”, como informou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.

“Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem”, disse o líder chavista.

A legislação, baseada na “doutrina militar” de Hugo Chávez e aperfeiçoada por Maduro, define uma estrutura organizacional e operacional para os Comandos, além de estabelecer funções voltadas tanto para a defesa nacional quanto para a manutenção da vida produtiva e dos serviços públicos no país.

A estrutura é subordinada ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Ceofanb). Isso significa que a direção, supervisão e coordenação das suas atividades são responsabilidade do órgão, comandado pelo general Domingo Antonio Hernández Lárez. Os treinamentos dos soldados também serão realizados pelo Ceofanb.

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