Manifestantes estão se mobilizando em diversas cidades americanas em protesto contra o presidente Donald Trump, neste sábado, 18. Apelidada de “No Kings” (sem reis, em inglês), as manifestações condenam políticas implementadas pelo repubicano em seu segundo mandato à frente da Casa Branca, como o cerco a imigrantes e a repressão da guarda nacional, que estariam sepultando a democracia no país, segundo os organizadores.
Grandes cidades como Nova York, Washington e Chicago já contam com milhares de pessoas protestando nas ruas. A mobilização de massa deve contar com mais de 2.600 atos, segundo entidades participantes. Até três milhões de pessoas devem ir às ruas neste sábado, de acordo com uma estimativa da Universidade Americana de Washington. Trata-se da segunda edição da “No Kings”, que também ocorreu em junho.
Pela manhã, os eventos políticos começaram fora dos Estados Unidos, com protestos anti-Trump em frente a ebaixadas americanas na Europa. Centenas de pessoas se reuniram nas portas das embaixadas de Londres e Barcelona, entre outras grandes cidades do continente.
A mobilização recebeu o apoio de algumas das principais lideranças políticas dos Estados Unidos, como o senador Bernie Sander, a deputada Alexandria Ocasio-Cortez (AOC) e a ex-secretária de Estado e ex-candidata a presidente Hillary Clinton.
Opositores de Trump condenam o uso da Immigration and Customs Enforcement (ICE), o órgão de controle de imigração americano, de forma autoritária pelo republicano. Agentes mascarados do ICE têm realizado operações de captura de supostos imigrantes ilegais no país. O envio de tropas da Guarda Nacional para diferentes cidades americanas, em uma intervenção direta do governo federal na segurança pública, também é vista como parte da estratégia autoritária de Trump.
Além das medidas consideradas autoritárias por opositores, Trump também é criticado por cortar recursos da educação e promover demissões no setor público. A paralisação do governo federal, o chamado shutdown, em decorrência da falta de um acordo sobre o orçamento, é outro ponto sensível para a imagem do Partido Republicano, do qual o presidente é a principal liderança.