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Milei sofre nova pressão com protestos na Casa Rosada e no Congresso da Argentina

Organizações sociais, profissionais da saúde, professores, universitários e sindicatos foram às ruas em Buenos Aires nesta quarta-feira, 17, para protestar contra os vetos do presidente da Argentina, Javier Milei, às leis de financiamento universitário e de emergência pediátrica. Como parte da Marcha Federal Universitária, manifestantes se reuniram em frente à Praça do Congresso, palco de discursos contra demissões de hospitais e em defesa da educação pública, que também exigiam a renúncia do ministro da Saúde, Mario Lugones.

Do lado de dentro do Congresso, legisladores debatem os vetos de Milei. O Ministério da Segurança lançou uma grande operação de segurança nas proximidades da sede do Legislativo da Argentina nesta manhã. Foram implementadas cercas e o trânsito foi bloqueado, ao passo que centenas de efetivos das cinco forças federais foram enviadas ao local.

Membros de partidos da oposição e dos dois maiores sindicatos do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central Única dos Trabalhadores da Argentina (CTA), também aderiram aos protestos. Perto da sede das Mães da Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, o Movimento Direito a um Futuro, do governador Axel Kicillof, passou a se mobilizar para uma marcha nesta tarde. Às 16h, Axel chegou acompanhado do ministro da Cultura e Educação da província, Alberto Sileoni, além do líder sindical universitário Daniel Ricci.

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“Saúde e educação são direitos humanos fundamentais, e devemos defendê-los nas ruas. É preciso exercer forte pressão porque o governo distribuiu dinheiro a alguns governadores para influenciar os votos dos deputados”, afirmou Rodolfo Aguiar, secretário-geral do Partido Ação Nacional (ATE), ao jornal argentino La Nación.

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“É mentira que se trata de uma questão orçamentária ou que o equilíbrio fiscal esteja em jogo. Não o ouvimos falar sobre o orçamento quando decidiu reduzir o imposto sobre a propriedade pessoal dos ricos . Nem ele falou sobre o orçamento quando reduziu os impostos sobre os ricos do campo ou quando decidiu gastar somas multimilionárias e aumentar os gastos com inteligência”, acrescentou.

O projeto de financiamento universitário previa o ajuste automático pela inflação de despesas operacionais, hospitais universitários e utensílios de ciência e tecnologia. As correções seriam feitas de maneira retroativa a 2024 e aconteceriam a cada bimestre. Além disso, estabelecia um aumento salarial inicial de 40,8% e reajustes mensais atrelados ao IPC, além de reestruturar bolsas de estudo.

A lei de emergência pediátrica, por sua vez, propõe um aumento salarial para todos os funcionários da área, elimina o imposto de renda sobre horas de plantão e horas extras, bem como permite a compras de suprimentos e o financiamento por meio de fundos de contingência. Também fortalece o sistema de residência médica, que passaria a ser financiado através da realocação de verbas e do uso de reservas.

 

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