A venda do estádio San Siro ao Milan e a Inter de Milão por 197 milhões de euros (cerca de R$1,2 bilhão) foi aprovada pelo conselho municipal de Milão nesta terça, 30. Os clubes rivais dividem o gramado do Giuseppe Meazza e planejam demolir a estrutura quase centenária.
O principal objetivo da compra é substituir o estádio por uma versão mais moderna e aumentar a receita nos dias de jogos. O campo e o atual terreno continuarão sendo utilizados normalmente até a construção da nova arena, ao lado. Quando finalizada, o San Siro deve ser demolido e se tornar um estacionamento.
A decisão da venda veio depois de mais de 11 horas de debate na prefeitura de Milão, por 24 votos contra 20.
Os clubes divulgaram uma nota conjunta celebrando a decisão: “AC Milan e FC Internazionale Milano estão satisfeitos com a aprovação, por parte do Conselho Municipal, da venda do San Siro e de sua área circundante: um passo histórico e decisivo para o futuro dos Clubes e da Cidade.”
Segundo o comunicado, os clubes aguardam a confirmação oficial do Conselho do Governo da Cidade e planejam “um novo estádio que atenderá aos mais altos padrões internacionais: uma instalação de classe mundial destinada a se tornar um novo ícone arquitetônico de Milão e um símbolo da paixão dos torcedores de futebol ao redor do mundo.”
Na semana passada, os clubes contrataram os escritórios de arquitetura Foster + Partners e Manica para projetar o novo estádio com capacidade de 71,5 mil pessoas (4 mil a menos que o atual San Siro).
Em 2032, a Itália será sede, junto com a Turquia, da Eurocopa, mas o atual estádio não atende os requisitos da Uefa para receber as partidas. Fundado em 1926, o San Siro recebeu reformas para a Copa do Mundo de 1990.