Estima-se que a chamada “economia prateada” – soma de toda a atividade econômica que atende às necessidades das pessoas com 50 anos ou mais – representa cerca de 22 trilhões de dólares anuais, ocupando o status de terceira maior atividade econômica global. No Brasil, em 2024, representou 1,8 trilhão de reais do consumo privado total do país, o que significa uma fatia de 24% do consumo privado total dos domicílios brasileiros, segundo dados da pesquisa Mercado Prateado do Data8. Especialista em longevidade, com foco estratégico no potencial da Economia Prateada e Economia da Longevidade, Cléa Klouri, 63 anos, atua desde 2016 nesse mercado. Após mais de 30 anos de experiência em agências de publicidade, ela é sócia-cofundadora do Data8, hub de pesquisa, tendência e inovação. Em Mercado Prateado, a empresária coloca em foco o potencial de consumo de pessoas 50+ e como ele poderia ser melhor aproveitado por empresas.
“O envelhecimento da população foi algo novo no Brasil, aconteceu rapidamente. O país terá uma população tão velha quanto a França em 20 anos, o que a França demorou 120 anos para atingir. Isso tudo é novo para as marcas, que muitas vezes não sabem como lidar com isso, tendo em vista que sempre falaram com jovens, millennials, geração Z. A gente detecta, por exemplo, que ainda a bebida é algo presente nessa geração, mas eles já se preocupam com várias coisas, com cuidado com a saúde, alimentação etc. A economia climatérica, que é a soma de todos os produtos e serviços voltados à mulher na menopausa, em outros países já existe uma gama de serviços, uma gama de produtos bastante importante para essa fase da mulher. Desde de suplementação, até produtos que combatem o sintoma, muitos produtos naturais. O movimento, porém, ainda é tímido no Brasil. A sociedade ainda tem muito preconceito com as pessoas mais velhas”.