A decisão de manutenção dos juros no Brasil em 15% ao ano pouco alterou a projeções do mercado financeiro para os principais indicadores da economia brasileira. Segundo a pesquisa Focus – que semanalmente é publicada pelo Banco Central e traz a mediana das expectativas dos analistas e economistas do mercado financeiro – a inflação deve encerrar o ano acima do limite de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é 3%, com teto de 4,5% ao ano. A projeção para o IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, foi mantida em 4,55% para 2025, 4,20% para 2026 e 3,80% em 2027.
Também foi mantida a previsão de crescimento da economia brasileira para este e o próximo ano. Para 2025, a projeção do mercado indica expansão de 2,16% no Produto Interno Bruto (PIB). N ano que vem, o mercado estima que o crescimento do PIB desacelere para 1,76% . Em 2027, a previsão é de alta foi ajustada de 19,90% para 1,88%.
Para o câmbio também não houve alteração. A indicação é que dólar encerre o ano cotado a 5,41% . Para o ano que vem e 2027, a projeção de câmbio foi mantida 5,50%.
A estimativa da taxa Selic, a taxa básica de juros no Brasil, continua sendo de 15%, indicando que o mercado continua esperando que a queda de juros comece apenas no ano que vem. Nesta terça-feira, 11 o Comitê de Política Monetária (Copom) vai divulgar a ata da reunião da semana passada e deve dar mais indicações sobre quando há previsão de arrefecimento da política monetária restritiva.
O comunicado divulgado na quarta-feira, foi considerado mais duro e deslocou as expectativas de queda da Selic para depois de março de 2026.O mercado projeta que a taxa Selic feche 2026 em 12,5% e em 10,5%, em 2027.