counter ‘Médicos de almas e de homens’: o verdadeiro sentido da medicina – Forsething

‘Médicos de almas e de homens’: o verdadeiro sentido da medicina

No dia 18 de outubro, comemora-se o Dia do Médico, profissão que tem sofrido uma jornada desafiadora nessa nova era de pouca fé e muita ganância. O enredo do brilhante livro de Taylor Caldwell, Médico de homens e de almas, que demorou 46 anos para escrevê-lo, narra a história de Lucas, um dos autores do Evangelho, que era médico e buscava nos pequenos vilarejos atender àqueles que não podiam pagar por assistência. Ele não conheceu Jesus, assim como nós, mas o que aprendeu com Maria, a mãe dele, e outros ao longo de sua jornada o fez ser um médico melhor.

Ser médico não envolve somente o conhecimento da ciência. Como diz o livro: “Ser médico é cuidar do corpo e dar esperança à alma”. Não podemos ser médicos só para ter uma profissão, por dinheiro, fama e status. Isso até pode acontecer, mas por mérito, excelência ou admiração dos outros. A escolha pela medicina deve ser sentida, assim como a vocação para o sacerdócio. É uma decisão de vida que cuidará de outras vidas. “O primeiro degrau para o sucesso em qualquer trabalho é o interesse por ele”.

Ser médico é dom, é propósito. Somos escolhidos e podemos sentir esse chamado. Não nos programamos para isso. Hoje, vemos uma difusão de centenas de novas faculdades tentando levar um rebanho que não deveria seguir esse caminho, pois estão ali somente por dinheiro, teórica estabilidade financeira ou glamour. “A medicina vai além da cura, é um ato de amor pela vida”.

Vivencio essa maravilhosa profissão há mais de 33 anos, mais que a idade de Cristo, e para os que pensam ser uma jornada fácil estão enganados. Você experimentará angústia, tristeza, solidão, sofrimento, morte, agonia física, pressão emocional e espiritual. Parece que Jesus já nos avisava sobre isso quando estava no deserto, como descreve Lucas em seu evangelho. “Ser médico é abraçar a ciência com o coração e empatia”.

Uma nova e perigosa oferta de sonhos está sendo criada por puro interesse econômico, algo que um médico nunca deve sentir quando é chamado a essa vocação. Ser médico é uma dádiva, não é uma promessa financeira. O deserto das redes sociais é vendido com cursos e promessas de que ele se ambienta como verde e florido, mas sabemos que é só de areia e com grande chance de se perder. O bom é que ainda existem os oásis do saber, com água fresca (ciência real) e sombra (adequados professores) para salvar os poucos que visualizam esses refúgios e não se confundem com as miragens. Afinal de contas: “O Homem é sempre sua própria doença”.

Feliz dia dos médicos aos que sabem ser humanos, responsáveis, atenciosos e que alimentam as suas próprias almas cuidando dos outros!

Publicidade

About admin