Com o avanço da medicina veterinária, o aumento na longevidade dos animais de pequeno e grande porte já começa a ser sentido no país. Consequentemente, os tutores procuram por tratamentos específicos para os pets mais velhos. Leonardo Garbois, médico veterinário especialista em terapias integrativas e referência em manejo de equinos, acredita que a área precisa adotar uma visão mais “humana” ao lidar com a fase idosa dos animais, como uma etapa da vida, não como somente o fim dela.
Inspirado em Mary Gardner, uma das principais profissionais da medicina veterinária, Leonardo defende que é preciso pensar no bem-estar, conforto e funcionalidade para os pets. Assim, haveria dois tipos de animais idosos: os geriátricos, que apresentam múltiplas comorbidades; e os seniores, que têm sinais de envelhecimento, mas ainda estão ativos. “Não existe qualidade de vida sem expressão natural do comportamento. O animal idoso precisa continuar vivendo sua essência”, defende Garbois.
Percebendo a necessidade de ter um tratamento melhor para pacientes geriátricas, o veterinário desenvolveu escalas de monitoramento que avaliam dor, apetite, mobilidade, interação e prazer nas atividades diárias. Além disso, os próprios tutores precisam ter uma comunicação clara e empática com os profissionais. “A morte é parte natural da vida. Nosso papel é garantir que o último capítulo seja escrito com respeito e serenidade”, defende.
